A Volta ao Concelho de Ponta Delgada, percurso rolante e sem grandes pontos que possam ser considerados de oportunidades de fuga.
O prognóstico principal era a chegada ao Sprint… eu tinha dúvidas!
Aproveitar a motivação e preparação da equipa seria a chave para o sucesso, a estratégia foi montada com base em dois critérios, espírito de sacrifício (saber sofrer contra o vento) e uma pequena dose de “loucura”.
Tendo em conta o último critério, ninguém melhor que o Gandarinho para arrancar em fuga ao Km 0, a lebre ainda surpreende! O ataque obteve uma resposta tímida dos adversários, que não sabiam bem o que fazer e deixa-lo ir poderia sentenciar ali a corrida. O nosso objectivo foi conseguido, a equipa do lado Norte da Ilha teve que aplicar-se e, juntar-se às demais para anular a fuga, conseguiram-no ao fim de 30 Km.
A união dos três conjuntos, CC Specialized, Santa Clara e Jomare, seria a forma de controlar um poletão com uma retaguarda pintada de verde, que tinha constantemente elementos em fuga. A Sport Zone veio sempre tranquilamente a reboque do ritmo que quiseram impor.
Aquando da “saída” do Álvaro Câmara a voz de comando do poletão disse “deixem-no ir” assim, o Álvaro a quem depois se juntam o Miguel e o Gandarinho ficam “a solo” na cabeça da corrida. Com vento forte, sempre de frente nas retas, haviam que sofrer e bem para levar a vantagem até final.
Sou autorizado a ir para assistir a fuga, ainda na descida para Sto António, o que significava que já tinham 1 minuto de vantagem. Não havendo pontos de ultrapassagem, só vou para a fuga ao sair das Capelas, mas a vantagem já tinha aumentando, contabilizei 2,15.
Gerir era a palavra de ordem e, em condições normais, sabendo que ninguém da Sport Zone iria contribuir para a perseguição, a vitória estava eminente, aguentar a vantagem até à rotunda da Ribeira Seca seria sinónimo de sucesso, e assim foi.
Nesta altura, como director desportivo teria que decidir quem iria vencer a etapa. Tarefa fácil quando existe o espírito de equipa e companheirismo entre os atletas. Após a indicação que quem cortaria a meta em primeiro, o comentário foi: “boa ele merece!” que veio da boca do homem que revolucionou toda a corrida, o Gandarinho!
Uma etapa fantástica, com uma estratégia bem delineada e brilhantemente executada, onde o objectivo principal foi conseguido, fazer com que as outras equipas trabalhassem quase na totalidade do percurso.
Na verdade fizemos 1º 2º e 3º, assim o considero, parabéns aos 3 fugitivos.
O facto de os Juniores não contarem para a geral, não me inibe de inclui-los na estratégia global, e resulta em pleno, sem ficar registado na classificação, fica certamente o reconhecimento e gratidão de todo o grupo pelo trabalho feito.
Não responderam ao ataque do Miguel “porque não conta”, desvalorizaram a atitude do Álvaro porque… não acreditavam, e o Gandarinho juntou-se à festa e o resultado final 1º 2º e 3º (1º dos Juniores). Que grandes três!!
Quanto ao resto da equipa, andaram o que os adversários quiseram.
A chegada ao sprint do Poletão foi benéfica para o espetáculo, parabéns ao Ricardo Rodrigues foi bem conseguido, e o esforço valeu um honroso 3º lugar.
Para mim como Director Desportivo, espero continuar a ver os sprints de frente e com a carrinha bem estacionada.
Parabéns a todos.
Para acabar em grande, a empresa Insco, detentora da Loja Sport Zone, ofereceu o almoço (churrasco) a toda a equipa e acompanhantes, num local que nos é muito familiar, o Pinhal da Paz, desde já o nosso muito obrigado.
Tarde é o que nunca chega.
Depois de umas pequenas férias, o retomar do ritmo normal propícia o comentário a uma prova, para alguns inesquecível.
Uma prova em circuito proporciona, visualmente, um grande espectáculo. Com um cenário muito bem montado, as equipas, organização e espectadores davam garantias que a prova não iria “passar ao lado” dos entusiastas da estrada.
A corrida 1, marcou o início da adrenalina no seio da Sport Zone, os cadetes cumpriram os objectivos propostos, proporcionaram a primeira chegada ao Sprint, e bem emotivo, ganho pelo Luís Casanova, estão todos com andamentos aproximados e certamente com vontade de mostrar mais e melhor nas etapas em linha, estão de parabéns.
As senhoras, já são olhadas de outra forma, já andam com uma postura competitiva assinalável, neste caso a Inês Lemos cedo aproveitou o ritmo imposto pelos cadetes, e seguiu para uma vitória tranquila, cortando a meta a pensar que ainda faltava uma volta, enquanto a Lúcia Ramos tinha a missão de se libertar da adversária, o que conseguiu com o acumular dos Kms, sinal que estava a sentir-se bem, fez 2º e parabéns às duas.
Na corrida principal, o entusiasmo era grande e a confiança saiu reforçada, uma interpretação táctica exemplar, empurra a equipa para uma vitória e que valoriza todo o trabalho e união do grupo… grande espírito!
O desempenho individual nunca beliscou o que estava programado, mas é possível fazer algumas apreciações.
A lebre (lol), Gandarinho, grande desempenho e sempre com um sorriso estampado, trabalhou com toda a sua pujança física, quanto mais fotógrafos houver mais ele quer estar em fuga, é o “papa fotos”, no fim disse-me: “Então diziam que o Gandarinho estava fraco?”
Pedro Resendes, mexeu com a corrida antes da 10ª volta, coragem e espírito de sacrifício, mesmo com algum desgaste, volta a tentar e seguia as indicações do seu chefe de Fila, habituado ao nº 3, pensava eu que poderia voltar para mais um ataque…fica para a próxima.
O Furnas, importante pela presença, não pela idade (LOL), depois da queda do Bruno deixou-se ficar para leva-lo na roda até ao Poletão, espelha a atitude do grupo quando corta a meta, em 12º e festeja como se tivesse ganho.
O Paulo Rebelo, o homem que no inicio da época, só queria fazer XC, encarnou e nunca virou a cara à luta, na última volta poderia ter ganho a corrida, seguia em 1º do poletão, faltavam 300 metros…
O Zé Pedro, o típico “costaneira”, como diz o Rebelo, aguentou o ritmo forte, rolou como se pede aos iniciantes, na roda e foi “travado” algumas vezes pelos colegas de equipa, vontade não lhe falta, após a meta, comparou a média de prova do “novo Zé Pedro”, passou de 26.5 km/h em 2010, para 36.5 km/h.
O Bruno funcionou como uma arma defensiva, responder aos ataques era a sua função principal, sempre com uma boa leitura de corrida, também orientou a espaços, a movimentação da equipa, imprescindível no lançamento do sprint final, aproxima-se do seu real valor.
O David Morais, “o maestro”, quase faltava à primeira prova, autorizado pela família a interromper as férias (obrigado Francisca e Diva) foi a nossa contratação de ultima hora. Com a sua presença o grupo fica mais tranquilo, correu e fez correr, movimentou as pedras nas alturas que entendeu serem as melhores, e lançou para o “estrelato” um Júnior.
O Miguel não foi grande, foi enorme.
16 meses depois mostrou que a aplicação e dedicação são a par do ACREDITAR, um motor do desenvolvimento físico. No asfalto, seu meio de eleição, não fez por menos. Incentivado pelo seu chefe de fila, inicia uma fuga de quase 15 km que ganha consistência com o passar do tempo, com a estrutura preparada para uma chegada ao sprint, o Miguel deixou todos embasbacados e ganha com uma boa vantagem para o poletão. Ouvia-se “ ganhou o Júnior…”
É caso para dizer, dos 0 aos 100 em 16 meses.
Parabéns, estiveram irrepreensíveis…
Preparação da prova foi feita com rigor...
2000 inscritos
103km com 1800mts de acumulado.
Vencedor da geral Bruno Almeida com 4h 12m 49s
até aqui tudo bem, mas vem o pior, muita chuva e lama toda a prova.
Ao começar as expectativas eram altas, manter o top ten nacional de vet a e ficar nos 25 primeiros á geral tal como na 1º prova da taça, as sensações eram óptimas mas a máquina (bike9 vacilou logo aos 15kms fiquem sem poder mexer no desviador da frente e assim o pedaleiro só tinha um andamento e fiquei sem o 42, limitei-me a trabalhar com o 28, foi até á ZA1 na esperança de encontrar um mecânico que me desse uma jeito ás mudanças. Ao chegar tive a sorte e logo me animei em ter uma pessoa que me deu uma afinadela, mas foi "sol de pouca dura" logo a bike vacilou e a história repetiu-se na ZA2. Depois disto foi sempre a estragar, andar nas subidas forte com andamentos que davam, ultrapassava montes de atletas vinha o plano e descidas era deixar correr a bike e vê-los passar, muito frustrante saber que as pernas estavam a dar e todo o trabalho ia por água a baixo nas partes mais fáceis de menos desgaste...mas é assim cada prova a sua história.
A meio da prova o pensamento era só que a bike me deixa-se terminar, não me deixa-se a pé no meio da serra e da lama com muita chuva no pêlo.
Terminar sim, mas pontuar á geral impossível pois só pontuam os 50 primeiros, no entanto dava para pontuar no escalão....
Final da história 72º lugar, com 4h e 48m 00s á geral e 26º lugar em Vet A, com muita frustração pelo meio e a sensação que se a máquina deixa-se o resultado iria ser bem animador...
Entretanto veio a melhor coisa do mundo para mim e minha esposa kátia, o Afonso nasceu no domingo e foi a melhor sensação que alguma vez tive na vida, isto sim é o que interessa e nos dá alegria verdadeira tudo o resto são acessórios...
Nuno Silva
Apresentação da Maratona no site "Paisagens deslumbrantes rasgadas por trilhos, ora rolantes ora técnicos, imensos pontos de interesse históricos e arquitectónicos, tudo isto servido num inovador percurso - será o que terão o prazer de descobrir todos aqueles que se aventurarem dia 17 de Abril na “Maratona BTT Cidade de Azeméis”.
As expectativas eram grandes para esta prova, o objectivo era fazer pódio no escalão e ficar nos 10 primeiros da geral.
De acordo com a lista de inscritos e das sensações tidas na maratona da Taça de Portugal, penso que era legítimo estabelecer esta meta...
Assim, no dia 17 de Abril, pelas 9h partiram cerca de 370 ciclistas para mais uma maratona de 70kms com 1800m de acumulado, sem starlop (penso que é assim que se diz) a malta logo cedo se quis posicionar na linha da frente, eu incluído, consegui estar a tempo de ficar na 2º linha... bem bom para o que estou habituado!
Após dada a partida e como é já habitual nas maratonas os primeiros kms são feitos em estrada larga de alcatrão para que o pelotão estique e comece a definir-se os grupos. consegui ficar no primeiro grupo. Após entrar nos trilhos começou a haver mexidas, andamentos muito fortes não fosse lá estar atletas profissionais de estrada da Tavira-Prio e da Barbot-Efatel. Após alguns kms iniciais fiquei com 2 atletas e assim fomos quase até ao 1º abastecimento.mas um pouco antes de lá chegar 2 atletas (André Cardoso e Bruno Pinto, das equipas respectivamente mencionadas) que haviam se enganado num dos cortes, pois não estão rotinados com este tipo de provas, apareceram, o andré depressa desapareceu, eu consegui colar na roda do Bruno e aí fomos os 2 enquanto os meus companheiros até então não conseguiram e ficaram no seu ritmo. após mais uns bons km com uma boa roda começa a surgir o empeno. o ritmo até então era fortissímo mesmo a descer esta malta da estrada desenrrasca-se. fiquei só, rolei 10km entre os 50 e os 60km era sempre plano com pequenos topos. a prova da Gorreana pesou-me nas pernas, nesta fase lembrei-me bem dela pois as pernas estavam bem dormentes...
nos ultimos km apareceu um atleta elite que me quiz ajudar mas não consegui ir na roda durante muito tempo.
os últimos 5km foram durríssimos sempre a subir e nos 2km finais uma longa subida em alcatrão, o que não é muito usual nas maratonas terem esta dureza final, pensei que iam aparecer mais atletas vindos de trás, mas não.
No final corto a meta com a sensação que estava numa boa posição para fazer pódio no escalão Vet A.
Após alguns minutos veio a noticia da malta organizadora 7º lugar da geral e 2º do escalão.
optimo... objectivo cumprido. Um pódio!
Nuno Silva