Com início no próximo dia 25 de Abril, a Taça Anima/Sport Zone, será feita a estreia da equipa completa.
Ao Tiago Furna e ao David Cordovil vem juntar-se os reforços Nacionais. Estão confirmados o Carlos Brito, recentemente chegado do Cape Epic, e o Paulo Cardoso que após a sua participação na classica da primavera (circuito na Povoa de varzim), confirma o seu bom momento de forma. O Pedro Cardoso não sendo novidade, será sempre uma mais valia, a ver vamos na primeira prova do ano se mantem a tendÊncia do Paulo e do Brito.
Á um ano atraz foi assim...
Era Júnior..., este ano passou a sub-23, será sem duvida um reforço interno.
VOLTA AO MUNICÍPIO DE LOULÉ
Como o nosso DD fez referência no post anterior, desloquei-me ao continente para passar as férias. Como não queria parar de treinar, através de um contacto local, disponibilizaram-me uma bicicleta e deram-me a oportunidade de então treinar com a equipa Belalgas/MatosCheirinhos. Assim foi, no domingo visto-me a rigor (com o equipamento da Sportzone/MagicGym), segui para um treino que consideravam bastante duro com séries na Serra de Sintra (na subida da Peninha, para quem conhece), o treino correu-me de feição consegui acompanhar os líderes da equipa, sendo que, em determinadas situações, me conseguia ombrear com eles (a subir). Depois de tanto subir realizámos trabalho de equipa (rendições e fugas, entre outras). Para quem não conhece, esta equipa, é essencialmente uma escola de ciclismo (que neste plantel, tem dois atletas que representam a seleção nacional de pista e estrada) que já conta com 28 anos de história e de onde já saíram grandes talentos a nível nacional e internacional, como o Sérgio Paulinho, por exemplo. Pois bem, no fim do treino sou abordado pelo DD, em que, este último, me convida para fazer a Volta ao Município de Loulé, de imediato aceitei. Sou sincero, não sabia para o que ia mas depois de me informar, descobri uma volta de três dias duríssima com “D grande” e mentalizei-me que como primeira experiência na estrada, no continente, daria o meu melhor em prol da equipa que me acolhia.
No dia 4 de Abril estava de partida, logo me apercebi da grande estrutura desta equipa (Campeã Nacional e vencedora da Volta a Portugal de Juniores, em título), camião - oficina e vários carros de assistência e transporte.
Após toda a caravana estacionada na zona de partida da primeira etapa apercebo-me da dimensão deste evento, um pelotão com 96 juniores, duas equipas espanholas presentes e ainda a seleção nacional de pista. Fiquei um pouco arrepiado com tudo isto (inexperiência).
Bem falando da prova em si, como referi, esta é uma Volta de grande prestígio, e com uma dureza diretamente proporcional, de três dias sendo que num dos dias havia duas etapas, portanto, três dias, quatro etapas. Esta Volta é um ótimo exemplo de que no Algarve sobe, e bastante.
A primeira etapa ligava Loulé ao Ameixal, tendo uma extensão total de 81,6km com um acumulado positivo de 1400m e inclinação máxima de 10,6% (com um prémio de montanha e duas metas volantes que bem podiam ser prémios de montanha), à partida, nada de muito estranho para as provas que temos cá na ilha, agora o ritmo é que foi bem diferente!
A primeira coisa que notei foi que logo que se deu a partida simbólica todos se tentavam colocar o melhor possível e como chovia, muitas quedas aconteceram. Em seguida, dá-se a partida real, aí sim puxou-se mesmo muito forte rolava-se em algumas zonas a 50/55km/h, foi uma corrida que como se diz na gíria, sempre ao “esticão”, consegui fazer cerca de metade da prova no grupo da frente, tendo descolado naturalmente pela minha má colocação e pelo forte ritmo com que se circulava. O pelotão foi-se partindo criando minipelotões sendo que eu fiquei no segundo, ou seja, no perseguidor ao grupo principal. Tanto se trabalhou mas o grupo que rodava na frente era muito forte, durante esta etapa registei uma média de 170bpm e um máximo histórico de 214bpm e realizei uma média de 36,2km/h o que ficou muito longe da do vencedor da etapa (38,3km/h) e cerca de 7:30min de diferença
No dia seguinte, já ciente do que me esperava, já me orientava melhor, pois bem, este era o dia de duas etapas sendo que de manhã se realizava um crono-escalada de 3km é certo mas com umas rampas dignas de Giro de Itália, média de 7,2 com duas rampas uma de 12%, uma de 15,2% e um topo onde se regista uma inclinação máxima de 20,8%.´
Segui para o aquecimento mentalizado que neste esforço individual teria que dar o mais uma vez o meu melhor… foi o que fiz, tive o melhor tempo do crono escalada durante os primeiros vinte atletas (20min de prova) até que foi caindo para ligeiramente acima da meio da tabela 40º lugar e 3º melhor registo da equipa (oito elementos). Registei um tempo de 7:55min a apenas 1min. do vencedor do crono e posterior vencedor da prova (atleta de uma equipa espanhola). Nesta etapa registei uma média de 166bpm e um máximo de 195 bpm.
Depois de almoço seguia-se a terceira etapa, o circuito de Alfontes, tinha 5,8km e um acumulado positivo de 165m por volta, sendo que faríamos 7 voltas de forma a cumprir 40km de prova. Este circuito, registava uma inclinação média de 17,2% /volta e um máximo de 18,8% . Logo que se deu a partida já seguíamos “à morte”, segui três
voltas no grupo da frente, até que me comecei a sentir indisposto, nada que tivesse a ver com intolerância lática ou indigestão, era parecido com dor de burro!!!, enfim, perdi muito tempo e posições, a partir da quinta volta é que começo a recuperar tendo ganho 23 posições, estava tudo “às pingas”. Fui informado de que ainda estava no controlo durante a prova e continuei. No fim o vencedor regista voltas 3:30min abaixo do esperado e os comissário vêem-se obrigados a rever a percentagem do controlo dos tempos sendo que só no outro dia de manhã é que sou informado de que fico a 13 min. do vencedor e a 40 seg. de estar dentro do controlo, fiquei extremamente desiludido, pois a minha expectativa era no mínimo, terminar esta Volta.
Registei uma média de 26km/h, uma máxima de 196bpm e uma média de 172bpm
No dia seguinte, e último dia de prova, seguiam-se 98km de prova. Disponibilizei-me para fazer controlo de corrida no carro de assistência com o DD, o que me deu a oportunidade de fazer uma leitura exterior de corrida, que certamente me será muito útil no futuro. Nesta etapa registou-se uma fuga heróica de cerca de 75km e que ia “morrendo na praia” tendo vencido por uma diferença de 2seg para o pelotão.
Em suma, esta Volta não correu de feição à equipa Belalgas/MatosCheirinhos, mas tudo fiz para ajudar…Fiquei desiludido por não ter terminado, mas não desisti.
Trago comigo uma experiência fantástica, e pensando bem, com todas as condicionantes: inexperiência, bicicleta emprestada, falta de ritmo competitivo de estrada, etc., foi um desafio quase ultrapassado, considerando os meus objectivos.
Só me resta agradecer todo o apoio proporcionado pela equipa Belalgas/MatosCheirinhos, e prometer o meu empenho e dedicação para mais tarde ambicionar resultados mais positivos.
E claro,um agradecimento muito especial ao nosso DD e a todos aqueles que se envolveram no processo de cedência e me apoiaram nesta aventura.
Obrigado Sportzone/Magicgym!
É com grande satisfação e orgulho, que anunciamos a participação de uma atleta SPORT ZONE/MAGIG GYM, numa competição com muitos anos de tradição, e com um nível alto em termos competitivos, o "nosso" Zé Pedro vai lá estar, e certamente dará tudo o que tem, como é o seu hábito.
Eu não acredito em "sortes", ou em destinos traçados. A verdade é que o Zé Pedro foi de férias de Páscoa (e em boa hora interrompidas)e como não queria parar de treinar durante este tempo, tentou arranjar um grupo ou equipa onde pudesse manter a sua actividade desportiva.
Coincidencia ou não, o grupo encontrado, perto da sua área de residência, foi a equipa Mato Cheirinhos, uma das equipas de referencia nos escalões de formação, e que por acaso é a equipa Campeã Nacional de Juniores. Estavam assim reunidas todas as condições para o atleta manter o plano de treinos a executar e aproveitar os possíveis ensinamentos de atletas, treinadores e dirigentes com mais experiência.
Surpreendentemente, após o primeiro treino, e certamente com base na observação e prestação durante todo o percurso, surge o convite para o Zé Pedro correr a volta a Loulé integrado na equipa campeã.
Posto isto, todo o processo de cedência do nosso atleta á equipa do Mato Cheirinhos, foi tratado pelos clubes, e só foi possível pela grande aplicação dos dirigentes continentais, mostrando assim grande vontade na integração do atleta dos Açores.
Por isto devemos todos estar felizes, por diversas razões.
1º porque será uma grande experiência para o Zé Pedro, e que de certeza irá aproveitar ao máximo, pois sempre foi a sua postura querer aprender e evoluir.
2º porque é o confirmar que o nosso método de trabalho é eficaz, e que com vontade e aplicação podemos estar ao nível dos melhores, e em 3º lugar porque sem qualquer tipo de duvida o atleta Zé Pedro é o produto da sua aplicação, da sua equipa, do seu treinador e do apoio da sua família.
Boa sorte nesta aventura em terras de Loulé.
Uma pequena curiosidade, este prémio, outrora foi ganho por alguém nosso conhecido, o Pedro Cardoso.